quinta-feira, 2 de abril de 2015

A perversidade maior de Chico Xavier: se aproveitar das famílias dos mortos

CHICO XAVIER RABISCANDO UMAS PALAVRAS, COM OLHOS BEM ABERTOS.

Francisco Cândido Xavier fez muito mal à Doutrina Espírita. Eliminou toda sua essência, propositalmente, em primeiro momento sob a influência dos dirigentes da FEB, mas depois tomando o gosto da coisa. Católico convicto e praticante, Chico Xavier apenas tinha costumes excêntricos para os padrões ortodoxos do Catolicismo, que nunca significaram todavia sua ruptura.

Por outro lado, Xavier sempre desprezou Allan Kardec e seu cientificismo. Os livros que Xavier publicou eram uma forma de desviar os brasileiros da apreciação genuína das obras originais do pedagogo francês, através de pregações religiosistas que, na prática, deturparam o Espiritismo com o resgate de dogmas e ritos herdados do Catolicismo medieval, base do "espiritismo" brasileiro.

Chico cometeu erros grotescos e deturpações severas. E, o que é mais grave ainda, acumulou para si um prestígio que, aos olhos das pessoas na Terra, se confundem perfeitamente com valores de "elevação espiritual", que faz com que as paixões terrestres creditem Chico Xavier e similares (como Divaldo Franco) em tais condições de aparente perfeição.

Só que pessoas assim nada têm de elevadas. E, o que é pior, esse status acaba se tornando um complexo de superioridade, Na verdade, Chico Xavier, Divaldo Franco, José Medrado e tantos outros são espíritos inferiores e até em estado ainda grosseiro, que se deixam valer de estereótipos religiosos e a verborragia associada para se passarem por "espíritos puros".

Só que, na falta de estudos honestos e de uma apreciação sincera da obra de Allan Kardec, o "movimento espírita" brasileiro, perdido em sua obsessão de sempre agradar a Igreja Católica, foi agradar tanto que hoje praticamente se confunde com o Catolicismo, sendo muito mais um Catolicismo paralelo do que realmente Espiritismo.

E aí o "espiritismo" brasileiro, entre aspas e com inicial em letra minúscula, partiu para um faz-de-conta que deslumbra muitos e que cria um aparato de "bondade" através de um sentimentalismo extremo, que intimida aqueles que tentam questionar seus métodos, crenças e procedimentos.

Evidentemente, essa "bondade" que intimida esconde aspectos perversos, que são encontrados aqui e ali, mas que, na medida em que são expostos, causam reações chorosas ou mesmo explosões de rancor por parte dos seguidores de Chico Xavier, que "nunca sentem qualquer tipo de ódio", mas, quando contrariados, são capazes de sentir a fúria que não admitem possuir.

Chico Xavier tornou-se um fenômeno sensacionalista, um católico excêntrico que virou "espírita" sem ler Allan Kardec e criando livros que mostram plágios explícitos em diversas passagens, além de pastiches bastante grotescos.

Uma observação calma, paciente e sem qualquer tipo de sentimento adverso, podendo partir até de um admirador de Chico Xavier, poderá identificar em muitas de suas obras casos aberrantes de pastiches e plágios.

O caso de Humberto de Campos é ilustrativo: NADA do que se publicou atribuindo ao seu espírito corresponde ao estilo original do escritor maranhense. Humberto, em vida, escrevia de forma elegante, mas coloquial, descontraída e com linguagem acessível, embora culta. O "espírito" Humberto era um melancólico pregador igrejista, de textos solenes mas nem sempre cultos, em narrativas maçantes e tristonhas.

Chico Xavier tornou-se um mito não porque venceu barreiras, antes seus contestadores não puderam ter firmeza suficiente para enfrentá-lo, intimidados em algum momento pelo estereótipo do "bom caipira" que o anti-médium mineiro acabou tendo.

Assim, entre 1944 e 1960, quando se podia desmascarar completamente o anti-médium, a pouca firmeza dos críticos literários, que não tinham visibilidade para influenciar os cidadãos comuns num país de pouca leitura, e a própria pressão do "movimento espírita", fizeram com que o mito de Chico Xavier sobrevivesse, causando prejuízos para o Brasil.



CARTAS "PSICOGRAFADAS" DE CHICO XAVIER COSTUMAM MOSTRAR APENAS A SUA CALIGRAFIA, O QUE JÁ INDICA FRAUDE.

Pois Chico Xavier cometeu perversidades, com o agravante de se valer do estereótipo do "bom caipira" e, depois, do "velhinho humilde". Usurpou a memória dos mortos, sendo aliás um dos primeiros a se passar por "dono dos mortos", divulgando mensagens que, em verdade, teriam partido de sua própria imaginação.

Há denúncias de que os assistentes e colaboradores de Chico Xavier colhiam informações de familiares em conversas ou consultas prévias. Há famílias que tentam desmentir, como alguns pesquisadores pouco preparados, mas a verdade é que mesmo as informações mais sutis são obtidas em conversas informais e pesquisas diversas, práticas nem sempre assumidas por seus autores.

Isso se sustenta pelo fato de que as mensagens "mediúnicas" de Chico Xavier apresentarem o mesmo apelo religiosista, sendo iguais umas às outras. Quanto às cartas "psicografadas" - os manuscritos dos livros de Chico Xavier aparentemente "desapareceram" - , elas apresentam somente a caligrafia do "médium" ou, quando muito, é tardiamente assinada por um colaborador, quando sua divulgação se dá de maneira não instantânea.

E Chico Xavier cometeu essa grave crueldade, que só soa "bondade plena" devido às paixões terrenas de seus seguidores, apegados à matéria a ponto de se deslumbrarem com a aparência do "bom velhinho" que o anti-médium deixou para a posteridade. É a crueldade de explorar a emoção dos familiares dos mortos.

O "espiritismo" brasileiro, totalmente ignorante em Ciência Espírita - apenas fora dos círculos febianos existem estudos sérios no ramo, que seguem sem o apoio financeiro e logístico necessários e sofrem o boicote dos "espíritas" que dizem apoiá-los - , transformou a mediunidade numa prática corrompida, na maioria das vezes reduzida a um panfletarismo religioso vindo da imaginação dos próprios "médiuns", já a partir do exemplo do "renomado" Chico Xavier.

Isso quer dizer uma grave usurpação da memória dos mortos, colocando sob a responsabilidade deles mensagens e obras que eles nunca fariam em vida. Nunca se cometeu tanta falsidade ideológica, tantas fraudes e tanta enganação, acobertada pelo verniz de "filantropia" que lhes garante a mais absoluta impunidade e o direito até de reagir com coitadismo quando são contestados ou até processados.

Chico Xavier, com isso, se aproveitava da tristeza dos familiares que perderam entes queridos e se promovia com isso, lançando mensagens "consoladoras" que, melhor observadas, fazem apologia ao sofrimento humano e transformam as pessoas em multidões submissas, subservientes, criando uma "fábrica de sofredores" para lotar "centros espíritas" e vender seus livros, garantindo o faturamento de seus líderes que não precisam declarar bens para o Imposto de Renda, do qual estão isentos.

As famílias deixam de viver suas tragédias na privacidade, discretamente, e viram atrações do circo religioso do "espiritismo" brasileiro, manipuladas pelo sensacionalismo místico e religioso que garante fortunas não somente a esses vendilhões da fé "espírita", Chico Xavier incluído (embora ele doasse maior parte da grana para a FEB), mas também aos mercadores midiáticos que se alimentam dessas atrações pitorescas.

Para piorar, em muitos momentos Chico Xavier se comportava como o personagem Amigo da Onça, exaltando o "sofrimento humano" como se fosse uma "semeadura de bençãos". Ele chegou ao descaramento de "recomendar" para as pessoas que sofrem os piores infortúnios para que sofram "amando" e "agradecendo", porque virão as tais "bençãos" que ninguém tem ideia do que se trata.

Muitas vezes o anti-médium tentava fazer crer para muitas famílias que vários entes queridos morreram prematuramente "porque estava na hora", contrariando o que a Natureza estabelece para o corpo humano, uma validade de cerca de 80 anos de vida. Mas Chico Xavier nunca foi Chico Ciência, estava mais para Chico Anti-Ciência, mesmo.

Chico Xavier explorou as emoções e angústias de familiares, e um caso típico foi o quanto ele se aproveitou do bom caráter e da índole fiel e dedicada de Arnaldo Rocha, o apaixonado e saudoso viúvo de Irma de Castro, a Meimei, usando o nome dela para lançar mensagens apócrifas, com o mesmo apelo chiquista de obras atribuídas a nomes que podem ser André Luiz, Humberto de Campos, Castro Alves ou Auta de Souza.

Esse foi o legado leviano de Chico Xavier, explorado pelo seu obsessor maior, o traiçoeiro padre jesuíta Emmanuel, o Manuel da Nóbrega que, no além-túmulo, assistia furioso à retirada das missões jesuítas imposta pelo Marquês do Pombal na colônia brasileira do séxulo XVIII e queria se vingar criando um novo jesuitismo, oportunidade que veio ao usurpar ao seu bel prazer a novidade da Doutrina Espírita.

Chico Xavier, com suas fraudes, com suas frases que fazem apologia ao sofrimento, que forçam, através das doces palavras, que correm feito mel mas ferem feito terríveis venenos, o conformismo coletivo sob a desculpa hipócrita da "reforma íntima", cometeu mais crueldades que bondades.

Dá para imaginar o grande choque que Chico Xavier sofreu quando, após falecer, chegou ao mundo espiritual. Todas as ilusões terrenas, todas as fantasias materialistas de que ele era "perfeito" e "puro", e que estava predestinado a entrar no "reino dos puros", se desmoronaram feito castelo de areia desfeito pelas águas, fazendo do desencarnado Chico Xavier um reles espírito grosseiro que terá que pagar caro por ter enganado multidões durante muito tempo.

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