sexta-feira, 3 de julho de 2015

O fanatismo chiquista e o conservadorismo nas mídias sociais

INTERNAUTA IMPLICOU COM MEME CRITICANDO CHICO XAVIER.

Francisco Cândido Xavier tem sua legião de fanáticos por todo o país, principalmente por muitos internautas conservadores que, nas mídias sociais, publicam várias mensagens da autoria do anti-médium mineiro.

Tomados de emoção, eles não aceitam que qualquer til seja dito contra Chico Xavier, ele que deixou, em suas frases e textos, mensagens que fazem apologia ao conformismo, à acomodação e à negação do senso crítico e do raciocínio questionador.

Um exemplo disso é a divulgação de um meme acima, no Facebook, em que o "espiritismo" popularizado por Chico Xavier é definido como uma fusão do Catolicismo medieval com as práticas duvidosas da Tábua Ouija e outras brincadeiras que agradam os espíritos zombeteiros.

Um internauta, irritado, escreveu, no espaço de mensagem referente ao meme, que a mesma está equivocada, o que quer dizer que Chico Xavier não tem a ver com "Tábua Ouija", embora sabemos que ele havia sido o "Ouija Boy" brasileiro por excelência.

Sempre investindo nos clichês de "caridade" e "humildade" que a imagem, trabalhada publicitariamente pelos chefões da Federação "Espírita" Brasileira, trabalhou para Chico Xavier, o irritado internauta tenta justificar através da emoção e do sentimentalismo.

São internautas que refletem o conservadorismo que predomina nas mídias sociais, não raro redutos de verdadeiro reacionarismo ideológico, influenciado pelo reacionarismo da própria grande mídia (Globo, Veja, Folha, Estadão) que também acariciam Chico Xavier e nunca fazem a diferença devida entre seu "espiritismo" e a Doutrina Espírita original.

Afinal, os seguidores de Chico Xavier sempre usam pretextos de "mediunidade", "caridade", "humildade" e "bondade" sem trazer jamais um argumento com um mínimo de lógica. Eles impõem pela emoção mas não trazem argumentos que façam sentido fora da histeria sentimentalista.

Eles não percebem, por exemplo, o caráter ostensivo e sensacionalista das mensagens e o humilhante espetáculo de filas acumuladas para receber supostas mensagens de mortos que, na verdade, saíram da imaginação de Chico Xavier.

Foi um processo engenhoso de fraude, mas observa-se que quase sempre cada mensagem tem a assinatura do próprio Chico e, quando não tem, é a de algum assistente que imita a assinatura do morto, de forma tão grotesca que não consegue esconder a diferença.

Observa-se, também, que o conteúdo de cada mensagem é tão parecido que crianças e até os ateus aparecem "teorizando" demais sobre o "espiritismo" brasileiro, num estilo parecido com o dos livros de Chico Xavier.

Não bastasse isso, há a exploração leviana das tragédias familiares, cuja ostentação prolonga as dores dos que perderam entes queridos, em maior parte jovens, que envolve aspectos maléficos diversos, que, juntos, explicam a associação de Chico Xavier à imagem desagradável de "Ouija Boy".

Mensagens apócrifas criadas da mente do "médium", ostentação das tristezas familiares - é patético ver senhoras pulando histéricas dentro de "centros espíritas" pensando que as mensagens divulgadas são de seus filhos falecidos - , ato de obsediar os mortos, e o panfletarismo religioso dessas supostas psicografias.

Esses aspectos todos justificam o questionamento que Chico Xavier recebe e que não é pouca coisa. Afinal, não foi porque ele era "bonzinho" que irritava os intelectuais mais conceituados, acusados indevidamente de serem passados para trás por um "filantropo" de instrução medíocre. Chico Xavier irritava porque fazia fraudes e elas sempre foram bem-sucedidas.

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